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Caso Queiroz: MP aponta ‘férias permanentes’ de policiais em troca de rachadinha de salário

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro aponta que policiais militares nomeados para o gabinete de Flávio Bolsonaro na época em que ele foi deputado estadual teriam recebido um tipo de “férias permanentes”, em troca do repasse de até dois terços de seus salários. O dinheiro era remetido, segundo a investigação, ao ex-assessor do parlamentar Fabrício Queiroz, que é PM da reserva. 

Entre os casos detalhados no pedido de quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro, hoje senador pelo PSL, está o do tenente-coronel da PM Wellington Romano. No pouco mais de um ano em que foi cedido para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Romano ficou ausente do Brasil por 226 dias.

Outro citado é o policial Agostinho de Moraes Silva, que, além de repassar dois terços de sua gratificação, não dava expediente regular no gabinete de Flávio, nem como PM.

“A atividade de segurança pública estadual, já tão carente de recursos humanos e financeiros, foi diretamente prejudicada pelo afastamento de mais um policial militar que deveria estar protegendo a população nas ruas, mas, em troca de repassar parte de gratificação de assessor, ganhou de fato ‘férias permanentes’ travestidas de cessão à Alerj”, escreveram os promotores.

A presença excessiva de PMs na Assembleia teve reflexos diretos no serviço público de segurança do Estado. Os investigadores relembraram que, na intervenção federal no Rio em 2018, o secretário de segurança pública Richard Nunes chegou a determinar que 87 policiais, nomeados na Alerj como assessores de deputados, retomassem suas atividades na corporação.  

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