O Presidente da República, Jair Bolsonaro, Decidiu na
última sexta-feira que o governo fará mudanças no programa Minha Casa,
Minha Vida, que aliás, ganhará novo nome a partir de julho. A mais
polêmica alteração deverá afetar os beneficiários mais pobres, que têm
renda mensal de até R$ 1.800, o que corresponde à faixa 1 do programa.
Eles terão de alugar imóveis do governo em vez de pleitearem um
financiamento para aquisição da casa própria.
Segundo o ministro, nessa faixa foi identificada a falha mais grave
no programa, que é a comercialização irregular das casas adquiridas:
famílias da faixa 1, cujas parcelas de empréstimo variam de R$ 80 a 270,
acabam vendendo os imóveis a terceiros para ganhar algum dinheiro e
voltam, assim, à condição de vulnerabilidade.
A ideia do governo é fazer uma espécie de “locação social” que
funcionará da seguinte forma: a família poderá morar no imóvel do
programa, mas sem o direito de posse. Essa família pagará um aluguel
compatível com suas condições financeiras e, para ter direito a esse
aluguel, os beneficiários terão de frequentar ações sociais do próprio
governo, como programas de capacitação.
A ideia foi inspirada num programa habitacional francês e tem como
objetivo que as moradias no faixa 1 sejam apenas de “transição” e, com o
tempo, a família possa aumentar de renda e se habilitar a um
financiamento imobiliário – da faixa 1,5 ou até da faixa 2 do programa,
que corresponde à renda até R$ 4 mil. Ainda está em análise a criação de
prazo para a permanência da família no imóvel.
Na faixa 1,5, a preocupação do governo é evitar a inadimplência e a
tomada de casas pela Caixa, que administra o programa. Para isso, está
em análise estabelecer regras mais duras, que não considerem só a renda
máxima para acessar a linha de financiamento, mas também a renda
mínima.
As demais faixas do programa não devem sofrer alterações
significativas, mas a forma como o governo vai subsidiar a construção
dos empreendimentos no Minha Casa Minha Vida também deve mudar. A
proposta é que terrenos e imóveis que pertençam a prefeituras, Estados e
União sejam doados a construtoras que, em contrapartida, se comprometam
a erguer condomínios do programa.
Novo “Minha Casa, Minha Vida de Jair Bolsonaro” o pobre terá de alugar o imóvel do governo em vez de comprar!
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maio 27, 2019