Após seguidos registros de atos de violência pelo país cometidos por seus apoiadores, Jair Bolsonaro (PSL) divulgou nota em rede social afirmando que "dispensa voto
de quem pratica violência". O ex-capitão diz: "dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar".
de quem pratica violência". O ex-capitão diz: "dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar".
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "poucos minutos depois [da nota no Twitter], porém, o candidato do PSL publicou outra mensagem, na qual acusou pessoas de 'forjarem agressões' para culpá-lo."
Ele disse: "há também um movimento orquestrado forjando agressões para prejudicar nossa campanha nos ligando a nazismo, que, assim como o comunismo, repudiamos completamente. Trata-se de mais uma das tantas mentiras que espalham ao meu respeito. Admiramos e respeitamos Israel e seu povo", afirmou".
Segundo a matéria, "na noite de terça-feira (9), Bolsonaro se mostrou irritado ao ser questionado por jornalistas sobre casos de agressão cometida por apoiadores. Antes de responder, indagou se a pergunta não deveria ser invertida, e lembrou que ele foi alvo de uma facada em Juiz de Fora (MG) no dia 6 de setembro. Na sequência, o presidenciável do PSL disse lamentar os atos de violência, mas afirmou que não tinha como controlar seus apoiadores".
Um dos casos emblemáticos de violência aconteceu na madrugada de segunda-feira (8), quando o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, 63, conhecido como Moa do Katendê, foi assassinado com 12 facadas após discussão política em Salvador.
O capoeirista defendia o voto em Fernando Haddad (PT) enquanto o agressor, aos gritos, bradava o apoio a Bolsonaro. Ele confessou o assassinato e disse estar arrependido.
Outro caso de violência foi "na noite de segunda, no centro de São Paulo, o professor Gilberto de Mattos, 53, apoiador de Bolsonaro, ficou ferido após briga com pessoas contrárias ao candidato do PSL. O caso teria sido antecedido de gritos de #EleNão e #EleSim entre os envolvidos".
Na noite seguinte (9), um estudante foi agredido por um grupo em frente à reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná), em Curitiba. Segundo a universidade, o ato tinha "motivação política aparente", porque a vítima estava com um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e os agressores gritavam Bolsonaro.
Em Porto Alegre, uma mulher de 19 anos disse ter sido agredida na segunda-feira por três homens que teriam feito uma suástica na barriga dela com um canivete. A motivação, disse ela, seria pelo fato de usar uma camiseta com a inscrição #EleNão, que mostra oposição ao candidato do PSL à Presidência da República".