A polícia da Coreia do Sul prendeu quatro pessoas envolvidas em um esquema ilegal que expunha hóspedes de 42 quartos de um motel na capital do país. Elas usaram câmeras para fazer transmissão ao vivo de 1.600 visitantes para um grupo de mais de 4 mil pessoas que assinavam a plataforma ilegal.
Para
isso, os criminosos esconderam câmeras de 1 milímetro em vários objetos
de cada quarto. A polícia de Seul ainda disse que este não é bem um
caso isolado e já encontrou o mesmo esquema em cerca de 30 motéis em 10
cidades pelo país.
Os
vídeos disponíveis no site sobre os hóspedes datam de 24 de novembro a 2
de março, sendo que a polícia não divulgou o nome da página para não
expor as vítimas, até que o site seja retirado do ar.
A
polícia também descobriu que 97 pessoas compraram um total de 800
vídeos dentro da plataforma, somando um total de US$ 6.200 para os
criminosos.
Contudo,
esta não é uma exclusividade sul-coreana. Desde 2017, hóspedes do
Airbnb, sobretudo dos Estados Unidos, têm descoberto invasões de
privacidade do tipo. Um caso famoso é de um casal que descobriu uma
câmera escondidas em detectores de fumaça em seu quarto em Miami. Na
mesma região, um outro usuaŕio descobriu que estava sendo filmado após
checar sensores de movimento que deveriam ser usados apenas para alarme.
In "oh, that's a thing now" news, a colleague of mine thought it odd that there was a single "motion detector" in his AirBNB in the bedroom and voila, it's an IP camera connected to the web. (He left at 3am, reported, host is suspended, colleague got refund.) pic.twitter.com/6KgkDmEZXB— Jason Scott (@textfiles) 28 de novembro de 2017
Em contato com a redação do Canaltech,
o Airbnb reforçou que suas políticas proíbem a instalação de câmeras em
quartos e banheiros dos imóveis listados na plataforma:
"O Airbnb leva a muito a sério a privacidade, e não há espaço em nossa comunidade para esse tipo de comportamento. As regras de uso da plataforma são claras ao proibir câmeras em quartos ou banheiros. Caso estejam em outros locais da casa, essa informação deve ser divulgada no anúncio. Nos casos citados, a plataforma baniu permanentemente os anfitriões e prestou assistência aos hóspedes".
As quatro pessoas em Seul podem pegar até cinco anos de prisão por conta do site com vídeos de hóspedes do motel.