Senadores que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e foram contrários à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os tribunais superiores, batizada de "CPI da Lava Toga", prometem endurecer o jogo contra os projetos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Senado. Os parlamentares vêm sendo duramente criticados pela tropa “bolsonarista” nas redes sociais.
Porém, segundo interlocutores do Senado, longe do radar de seus eleitores, o próprio Bolsonaro atuou pessoalmente no Congresso para esvaziar a CPI.
Um dos indícios disso é que o filho do presidente, o também senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não assinou o requerimento de pedido de instalação da CPI. Aliás, Flávio Bolsonaro foi o único senador do PSL que não assinou o requerimento. O filho do presidente espalhou nas redes sociais para acalmar os “bolsonaristas” que não poderia assinar já que faz parte da Mesa Diretora do Senado. Não existe nenhum ponto no regimento da Casa que impeça algum membro da mesa de assinar requerimento de CPI.
Outro que votou contra a instalação da CPI foi o próprio líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), com a alegação de que “quem vai perder com a CPI é a população brasileira”. Por 19 votos a 7, os membros do colegiado aprovaram o relatório do senador Rogério Carvalho (PT-SE) que recomendou que a comissão não fosse levada adiante.
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