Foram anunciados o reconhecimento de milagres de mais cinco religiosos (Foto: Alberto Pizzoli/Pool via Reuters)
O papa Francisco vai beatificar o padre brasileiro Donizetti Tavares
de Lima, morto em 1961. O anúncio foi divulgado nesta segunda-feira, 8,
depois que o pontífice autorizou o decreto que reconhece milagres ao
religioso. Nascido em 3 de janeiro de 1882, em Santa Rita de Cássia, em
Minas Gerais, morreu aos 79 anos, em Tambaú, em São Paulo. Devoto de
Nossa Senhora Aparecida, o padre atraiu milhares de devotos ao interior
de São Paulo em busca de milagres.
A decisão foi anunciada depois do encontro do papa com o cardeal
Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos,
responsável pelos decretos que se destinam a analisar os processos
relativos a milagres.
Desde 1909, como pároco, padre Donizetti atuou em defesa dos mais
pobres e dos trabalhadores explorados, além de organizar a assistência
aos doentes, idosos, crianças e mães necessitadas. A tudo atribuía à
Nossa Senhora Aparecida.
Milagres
A Igreja Católica Apostólica Romana analisou, particularmente, dois
milagres atribuídos ao padre. Um se refere o menino Nelson Santana
(1955-1964), diagnosticado com osteossarcoma e morreu aos 9 anos na
véspera do Natal, e outro à Gaetana Tolomeo, chamada "Nuccia"
(1936-1997), afetada por uma progressiva paralisia, transformou a dor em
fé.
Também foram anunciados o reconhecimento de milagres de mais cinco
religiosos. Carlo Cavina, sacerdote diocesano, fundador da Congregação
das Filhas de São Francisco de Sales. Raffaele da Sant'Elia a Pianisi,
sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.
Na relação estão ainda Damiano da Bozzano, sacerdote da Ordem dos
Frades Menores Capuchinhos, Vittorino Nymphas Arnaud Pagés, religioso do
Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, e Consolata Betrone ,
religiosa da Ordem das Clarissas Capuchinhas.


