O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo
(PSL-GO), bateram boca nesta terça-feira (21), durante a reunião de
líderes partidários. Em seguida, Maia anunciou que havia rompido
"relações pessoais" com o deputado.
“Fui atacado e por isso exclui ele das minhas relações pessoais”, disse Maia, segundo líderes que participaram do encontro.
Na reunião, Maia afirmou que o governo tem criado um ambiente de desgaste permanente entre os Poderes e que as manifestações convocadas para o próximo domingo (26) não vão encurralar o Congresso.
"Não vou tratar manifestações com viés antidemocrático como algo relevante para que a gente possa organizar ou não a pauta da Câmara", afirmou Maia. "Foi criado um ambiente, não pela manifestação, mas pelo governo, de que alguém estava querendo ampliar o número de ministérios, de prejudicar o governo. É claro que não", disse aos presentes.
Segundo Maia, "se o governo tivesse o mínimo de organização", as pautas do Palácio do Planalto já haviam avançado no Congresso.
“Fui atacado e por isso exclui ele das minhas relações pessoais”, disse Maia, segundo líderes que participaram do encontro.
Na reunião, Maia afirmou que o governo tem criado um ambiente de desgaste permanente entre os Poderes e que as manifestações convocadas para o próximo domingo (26) não vão encurralar o Congresso.
"Não vou tratar manifestações com viés antidemocrático como algo relevante para que a gente possa organizar ou não a pauta da Câmara", afirmou Maia. "Foi criado um ambiente, não pela manifestação, mas pelo governo, de que alguém estava querendo ampliar o número de ministérios, de prejudicar o governo. É claro que não", disse aos presentes.
Segundo Maia, "se o governo tivesse o mínimo de organização", as pautas do Palácio do Planalto já haviam avançado no Congresso.
Ele se referia a um episódio de março, em que o líder do governo criticou o presidente da Câmara e a "velha política".
Na ocasião, o deputado enviou para correligionários postagens sobre
supostas negociações de cargos nos governos Michel Temer (MDB) e Dilma
Rousseff (PT) em troca do apoio do Congresso.
A primeira mensagem resgatava reportagem do jornal O Globo de novembro de 2017, cujo título é "Para aprovar mudanças na Previdência, Temer autoriza Maia a negociar cargos".
A segunda era uma charge que ironizava o diálogo do governo Dilma com deputados e senadores. Na imagem, a ex-presidente levava ao Congresso um pacote de cargos para garantir as conversas.
Na época, as mensagens chegaram ao grupo do presidente da Câmara, que entendeu como ataque. A relação entre os dois é tensa, e deputados dizem que o líder não é recebido por Maia há meses.
Segundo ele, a residência oficial está no arcabouço da União e não cabe a Maia "definir quem entra e quem não entra, se estiver ocorrendo uma reunião oficial". O líder disse que o presidente não quis “abrir as portas” para ele.
Maia reagiu: "Se o deputado considera que diálogo é um pacote de dinheiro, me desculpe".
Depois da discussão, o líder da Câmara afirmou a jornalistas que não quis fazer uma ofensa pessoal a Maia ao criticar a forma como eram conduzidas reuniões na residência oficial.
"Na minha perspectiva, isso não vai atrapalhar a pauta do governo na Câmara. O país é maior do que isso", afirmou.
Há na Casa, por parte de uma ala dos governistas, a vontade de substituir Vitor Hugo no posto de líder do governo. Ele, no entanto, é próximo ao presidente Jair Bolsonaro, que resiste em apeá-lo do cargo.
O embate aconteceu durante reunião de líderes da Câmara que discutia a pauta da semana na Casa. O governo precisa aprovar ao menos três medidas provisórias nesta semana para evitar que elas percam validade.
A mais importante delas é a MP 870, que reestrutura a Esplanada dos Ministérios. Caso ela não seja aprovada até o dia 3 de junho nas duas Casas do Legislativo, o número de pastas saltará para 29.
O centrão concordou em votar a medida provisória e o líder do PP, Arthur Lira (AL) propôs que a votação fosse feita nominalmente.
O PSL tinha intenção de fazer esse requerimento para constranger deputados do centro a votarem pela manutenção do Coaf no ministério da Justiça. Os líderes da maioria, no entanto, decidiram peitar a estratégia do governo e dizem ter votos para mudar o órgão para a Economia.
A primeira mensagem resgatava reportagem do jornal O Globo de novembro de 2017, cujo título é "Para aprovar mudanças na Previdência, Temer autoriza Maia a negociar cargos".
A segunda era uma charge que ironizava o diálogo do governo Dilma com deputados e senadores. Na imagem, a ex-presidente levava ao Congresso um pacote de cargos para garantir as conversas.
Na época, as mensagens chegaram ao grupo do presidente da Câmara, que entendeu como ataque. A relação entre os dois é tensa, e deputados dizem que o líder não é recebido por Maia há meses.
Vítor Hugo reagiu dizendo que as críticas nunca foram pessoais,
que a mensagem foi tirada de contexto e que diversas vezes tentou buscar
o contato com Maia para estabelecer uma relação republicana.
“Não pretendo ser amigo de vossa excelência. A crítica pública que eu fiz e repito aqui foi uma crítica construtiva", afirmou.
"A minha crítica foi no sentido de que havia reuniões sendo feitas
fora da Câmara, com tomadas de decisão escalonadas e com líderes também
participando de maneira escalonada. Na minha visão, isso não é
democrático e não é correto. Ou a gente faz aqui, cada um olhando no
olho do outro e falando o que pensa ou a gente faz na casa de um
deputado ou do presidente da Câmara", disse Vitor Hugo.“Não pretendo ser amigo de vossa excelência. A crítica pública que eu fiz e repito aqui foi uma crítica construtiva", afirmou.
Segundo ele, a residência oficial está no arcabouço da União e não cabe a Maia "definir quem entra e quem não entra, se estiver ocorrendo uma reunião oficial". O líder disse que o presidente não quis “abrir as portas” para ele.
Maia reagiu: "Se o deputado considera que diálogo é um pacote de dinheiro, me desculpe".
Depois da discussão, o líder da Câmara afirmou a jornalistas que não quis fazer uma ofensa pessoal a Maia ao criticar a forma como eram conduzidas reuniões na residência oficial.
"Na minha perspectiva, isso não vai atrapalhar a pauta do governo na Câmara. O país é maior do que isso", afirmou.
Há na Casa, por parte de uma ala dos governistas, a vontade de substituir Vitor Hugo no posto de líder do governo. Ele, no entanto, é próximo ao presidente Jair Bolsonaro, que resiste em apeá-lo do cargo.
O embate aconteceu durante reunião de líderes da Câmara que discutia a pauta da semana na Casa. O governo precisa aprovar ao menos três medidas provisórias nesta semana para evitar que elas percam validade.
A mais importante delas é a MP 870, que reestrutura a Esplanada dos Ministérios. Caso ela não seja aprovada até o dia 3 de junho nas duas Casas do Legislativo, o número de pastas saltará para 29.
O centrão concordou em votar a medida provisória e o líder do PP, Arthur Lira (AL) propôs que a votação fosse feita nominalmente.
O PSL tinha intenção de fazer esse requerimento para constranger deputados do centro a votarem pela manutenção do Coaf no ministério da Justiça. Os líderes da maioria, no entanto, decidiram peitar a estratégia do governo e dizem ter votos para mudar o órgão para a Economia.